Semana passada eu comecei a falar sobre os diferentes tipos de aplicações. Comentei que, quando vamos ao super mercado, já sabemos o que precisamos comprar.
Nos investimentos também é assim. Pode ser confuso na sua cabeça ainda os diversos produtos, mas se souber de antemão o que precisa, tudo fica mais fácil.
Hoje vou te falar outros dois tipos de aplicações que você deve querer. Ainda são aplicações conservadoras, mas já podem entregar um bom retorno.
A primeira delas é a aplicação pré-fixada. Ao invés do seu rendimento oscilar de acordo com a taxa Selic, ele se valoriza diariamente com uma taxa já estabelecida.
Essa taxa, claro, você não escolhe. Ela é ditada pelo mercado. Então, por exemplo, a taxa, agora, pra 2026 está em 6,6% ao ano. Ou seja, se você aplicar hoje e deixar parado até o vencimento, que é no primeiro dia útil de 2026, vai render 40,6%.
A medida que o mercado for mexendo, seu investimento vai flutuar de valor. Se, por acaso, ele passar a valer menos, basta ficar até o vencimento que não haverá prejuízo. Na verdade, terá o lucro de 40,6%.
Agora, se seu investimento passar a valer mais, daí sim poderá vender o título e ficar com um lucro bem acima de 40,6%.
Por isso estamos dando um passo na direção de uma maior rentabilidade com um pouco mais de risco. Isso porque você pode ter um lucro muito relevante, enquanto é muito difícil ter prejuízo.
O importante, como sempre, é calibrar direito o quanto colocar na aplicação. Porque, pra não ter prejuízo, você vai precisar deixar ela parada talvez por anos.
Essa é a aplicação pré-fixada. Outra semelhante é a indexada à inflação. Ela segue a mesma lógica, com a única e importante diferença de ter uma correção pela inflação.
Por exemplo, pra agosto de 2026, o mercado oferece, agora, a taxa de 2,5% acima da inflação medida pelo IPCA. Você pode escolher entre pré-fixar totalmente seu investimento em 6,6% ao ano, como já vimos. Ou pré-fixar parcialmente, pela taxa de 2,5% ao ano, recebendo, também, a variação do IPCA.
Com essa aplicação você está protegido contra a inflação. E isso tem um valor imenso aqui no Brasil e na América latina. Nosso histórico é de muita dificuldade em manter a inflação baixa como está agora.
A disparada recente do dólar, as incertezas na política, o nível de endividamento do país, são aspectos que tornam bem atrativo o investimento indexado à inflação.
E de forma bem semelhante ao pré-fixado, você não tem como ter prejuízo se mantiver aplicado até o vencimento. Por outro lado, você pode ter lucros bem grandes. Esse, por exemplo, foi disparado o melhor investimento durante os governos da Dima Rousseff.
Ainda faltam outros cinco tipos de aplicações. Então, vai me acompanhando pra não perder nada.
E é importante saber todos eles porque cada um tem um apelo especial. No final das contas, queremos ter todos eles na nossa carteira. Essa é a diversificação que faz um portfólio render bem, com baixo risco.
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