Se você vai começar agora a investir em ações ou fundos imobiliários, provavelmente você está pensando em ir comprando gradualmente. O problema é que esse processo não costuma funcionar.
Talvez um bom paralelo seja aprender a dirigir. Não adianta você pegar o carro e ficar andando a 5 km por hora. Você não vai bater, mas vão bater em você. Isso porque tem uma velocidade mínima que você precisa obedecer pra ficar até menos perigoso dirigir.
Com as ações, o que costuma acontecer é que essas poucas ações que você escolheu logo sofrem alguma queda grande e você perde a confiança.
Então, eu vou te falar como começar de forma segura, robusta, e que vai ser como você vai investir por um bom tempo. No paralelo do carro, você precisa aprender a dirigir a 40, 50 km por hora. Daí com o tempo você ganha confiança pra acelerar mais.
Tudo começa com você definindo quanto do seu patrimônio atual pode ir pra ações ou fundos imobiliários. Pra ilustrar aqui, eu vou assumir que seja R$ 200 mil.
Agora, você precisa ter uma ideia dos seus gastos fixos por mês. Comida, gasolina, aluguel, parcela de financiamento, luz, água, escola dos filhos, etc. Vamos supor que seus gastos sejam de R$ 20 mil. A ideia é que você precisa investir, com baixo risco, um montante equivalente a uns 6 meses desses gastos.
Esse montante pode ser menor ou maior de acordo com o risco de perda da sua renda. Pra ilustrar aqui, vou fazer 6 meses de R$ 20 mil que dá R$ 120 mil.
Então, tenho R$ 200 mil pra investir, mas R$ 120 mil precisam estar seguros. Ou seja, posso até colocar algo em fundo imobiliário, mas em ações eu não recomendo. Então, vou considerar R$ 80 mil pra investir com risco, que são os R$ 200 mil menos os R$ 120 mil.
Agora você pode estabelecer um percentual desses R$ 80 mil que será aplicado em bolsa. Esse percentual deve depender da sua idade, do seu perfil de risco e do seu objetivo. Se não for utilizar esse dinheiro dentro de 2 a 5 anos, então pode investir na bolsa. Vamos supor que o percentual será de 35%.
Então, 35% de R$ 80 mil dá R$ 28 mil pra aplicar na bolsa. Agora você precisa decidir se quer controlar seu investimento ou prefere que alguém faça isso por você. Se optar por controlar, você vai precisar aprender um pouco e monitorar a aplicação mensalmente.
Nesse caso, antes de começar a investir, escolha todas as suas ações. Não adianta ir comprando gradualmente porque, pela minha experiência, você vai desanimar. Isso porque quando você tem de 10 a 20 ações, sempre tem uma que está subindo quando outra está caindo. Mas quando você tem 3 ações, é muito fácil as 3 estarem caindo.
Pra escolher todas as suas ações você precisa ter material que te informe os papéis que estão mais descontados. Ou seja, as empresas que tão sendo vendidas por um preço bem abaixo do valor que é estimado como sendo justo pra ela. Esse material é fornecido por casas de análise.
Eu conheço e já usei a Suno, a Eleven e a Nord. Muita gente usa a Empiricus, que é famosa pelas propagandas agressivas no Youtube. E tem também os times de análise dentro de cada corretora. Genial, BTG, XP, enfim, todas elas tem um time de análise.
Se você investe com um assessor, ele também deve ter bastante material que você pode usar. Enfim, tendo a informação das empresas em desconto, você escolhe, pelo menos, umas 10.
Eu tenho um vídeo bem detalhado de como eu faço isso pra montar a minha carteira (o vídeo tem mais de uma hora): veja aqui.
Se você optar por entregar esse investimento a um terceiro, ou seja, a um gestor, aí o processo é bem mais simples. Tudo o que você precisa fazer é escolher um fundo de investimento em ações.
A maioria aqui no Brasil tem um prazo muito longo de liquidez. Isso é, se você precisa do seu dinheiro de volta, você tem que aguardar coisa de 1 mês. Eu acho isso muito ruim. Só pra comparar, quando você vende uma ação, seu dinheiro volta em 2 dias úteis.
Os fundos de ações que eu gosto não exigem essa liquidez de 1 mês. Eu vou falar 3 aqui pra te ajudar: Franklin Valor e Liquidez FIA, Brasil Plural Estratégia FIA e Arx FIA. A liquidez deles é de 3 dias úteis.
Eu falei mais de ações e não comentei tanto dos fundos imobiliários. Mas eles seguem uma lógica muito parecida. Você precisa do material pra saber quais fundos estão com desconto e são bem administrados. Então, basicamente, tudo o que eu falei pras ações, vale pros fundos imobiliários.
A grande diferença é que fundo imobiliário, em geral, é mais seguro do que ação. Porque fundo imobiliário é um meio-termo entre renda fixa e ação.
A medida que você for colocando em prática, podem surgir algumas dúvidas mais específicas. Mas que eu gostaria de te responder também. Então, sinta-se a vontade de me contactar.
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